terça-feira, 15 de março de 2016

Os 10 álbuns recentes que eu mais tenho escutado ultimamente.

PRIMEIRO POST DESSA BAGAÇA!!!

Senhoras e senhores; garotos e garotas; punkekos e punkekas; skinheads e skingirls, hoje tenho a honra de reinaugurar meu blog, de uma forma muito especial, falando não apenas de um ou dois álbuns, mas sim de DEZ!!! Ou melhor: dos dez álbuns recentes que eu mais tenho escutado ultimamente.

Vamos a eles:

#10: Slapshot - Slapshot (2014 - Olde Tyme Records / Brass City Boss Sounds)


Quem conhece o Slapshot, sabe que há 30 fucking anos os caras vêm mandando o que há de melhor no hardcore punk mundial. Um dos maiores nomes do Boston Hardcore, os caras lançaram clássicos dos anos 90, como os álbuns "Sudden Death Overtime" (1990), "Unconsciousness" (1994), "16 Valve Hate" (1995) e o mítico "Old Tyme Hardcore" (1996), dentre outros vários.

Depois do álbum "Tear It Down" (2005), os caras deram um bom tempo nos lançamentos, seguindo-se os nove anos seguintes sem nenhuma novidade de estúdio, até o abençoado ano de 2014, quando eles reaparecem de forma monstruosa, com o clipe de "I Told You So", que é, de longe, uma das melhores músicas da banda. Após o lançamento do clipe, uma apreensão enorme pelo lançamento do álbum se iniciou. Parece que, desde então, as coisas têm dado muito certo para a banda, mantendo seu status, no meio punk/HC, e fazendo com que sua agenda ficasse bem grande.

O álbum é uma absoluta PEDRADA nas orelhas, com o estilo sempre rápido e pesado que os caras têm. Os vocais de Jack "Choke" Kelly continuam absolutamente MORTAIS. Incrível como o cara não perdeu ABSOLUTAMENTE NADA do que ele tinha lá nos tempos de ouro da banda. E isso também se aplica à presença de palco do cara. Ele continua sangrando em quase todos os shows, continua berrando e correndo feito um louco em cima do palco. A visceralidade dos caras se estende à guitarra pesadíssima de Craig Silverman, que se adaptou muitíssimo bem à banda e conseguiu, além de tudo, colocar seu estilo, com riffs bem básicos, porém rasgados e cheios de pegada. O baixo distorcido e cheio de presença de Ryan Packer e a bateria no melhor estilo "tupá-tupá" de Benny Grotto também merecem notoriedade e respeito, pois ajudam a encorpar mais ainda o som, que é absolutamente destruidor.

O álbum também conta com muitos dos velhos clichês do hardcore punk antigo, mas também há uma notória influência do new school, no meio do som. Conforme o tempo foi passando, a tendência do hardcore foi o peso, fazendo com que as bandas tocassem num estilo mais lento que o old school. A coisa mais incrível do álbum foi ver como os caras conseguiram aliar as duas coisas: o peso moderno e a velocidade antiga.

Ao longo das 16 faixas - incluindo um cover da clássica "Personal Jesus", do Depeche Mode -, seu ouvido será completamente esmagado pelas pedradas que vêm por aqui. Sons como a já citada "I Told You So", a old school "Low Life", as pesadíssimas "Go Hard", "Nothing At All" e "Fuck It" comprovam isso. Mas, faça um favor a si mesmo e ouça o álbum inteiro!

Faixas:

Intro
I Told You So
Go Hard
Kill It With Fire
Until It's Gone
Fuck It
Soft
Nothing At All
Low Life
Freezer Burn
You're On My List
One And Done
Blood On The Floor
Never Trust A Junkie
Personal Jesus
Outro


#9: 45 Adapters - Patriots Not Fools (2014 - Contra Records / Longshot Music)


Uma das melhores bandas de Oi! surgidas, nos últimos tempos, foi o 45 Adapters, com um som que remete extremamente a um som bem retrô, com muitas características do punk rock e do rock n' roll clássico. Um som cru, animado e com tudo o que há de mais dançante no estilo. Absolutamente DEMAIS.

Escolhi o mini-álbum "Patriots Not Fools", pois é o que eu realmente tenho mais escutado. São apenas 6 músicas, beirando os 15 minutos, mas que te darão uma aula de como é o estilo de vida skinhead: biritas, brigas, vinil, patriotismo, dentre outras coisas. A própria faixa "Don't Grow Out Of It" está com tudo para se tornar um grande hino do estilo, com tudo aquilo que mencionei anteriormente. É um som perfeito para pogar e dançar e, principalmente, beber. BEBER MUITO!!!

As outras faixas seguem a mesma linha, não apresentando grandes inovações, mas mantendo o espírito do Oi! e do punk rock em geral. O que mais chama a atenção por aqui, é o fato da atmosfera de "coisa velha" que o álbum tem. É um álbum de 2014, mas parece ter sido lançado há uns 30 anos. Não sei exatamente se eles usam alguma aparelhagem antiga, mas sei que consigo perceber muitas vezes distorções mais melódicas.

Sons como "Vinyl Fetishists", "We Can Win", "Patriots Not Fools" e a já citada "Don't Grow Out Of It" são os carros-chefe do álbum. Ouça, que com certeza você se viciará!

Faixas:

Don't Grow Out Of It
Vinyl Fetishists
We Can Win
Patriots Not Fools
Real Danger
I'm Not Afraid


#8: Perkele - A Way Out (2013 - Spirit Of The Streets Records)


Sou extremamente suspeito para falar do Perkele, visto que eles são uma das minhas bandas favoritas entre todas. Esses suecos malucos estão aí desde MUITO TEMPO, quebrando a porra toda, com seu som único, que por mais que siga uma linha voltada ao Street Punk/Oi!, tem muitíssimas particularidades. Nos clássicos álbuns "Voice Of Anger" (2001), "No Shame" (2002), "Confront" (2005), por exemplo, eles mandam um som bem melódico, com grandes influências do punk rock mais clássico. No álbum "Längtan" (2008), além de cantarem tudo em sua língua nativa, os caras também adicionaram algumas influências de músicas tradicionais.

O resultado disso tudo, é que vemos em "A Way Out", uma banda bem mais evoluída, com características de todas as outras fases, continuando com seu som inconfundível, só que agora um bocado mais barulhento. Os caras incorporaram muito bem características do Oi! tradicional, colocando solos em meio a partes melódicas, mas também pegaram muita coisa do Street Punk moderno, como o vocal mais gritado e músicas bem mais rápidas. TODAS as músicas aqui são "potenciais hinos". Não à toa, o Perkele é uma das bandas mais queridas e carismáticas do meio, tendo fãs de todos os tipos e gostos.

O carisma dos caras é algo indiscutível, e eles colocam muito bem isso em suas letras. Em suma, elas falam do estilo de vida skinhead e punk, sobre caras beberrões, porradaria, mas também com algumas críticas sociais e também letras inspiradoras, que vão fazer o seu dia bem melhor.

Sons como "Smash It" (um tapa na cara dos conservadores radicais e racistas), "Give Me Your Money", "Dancing Boots", "Believe" e "He Loves Violence" são absolutamente perfeitas para um fim de semana regado a futebol, churrasco e cerveja. Mesmo assim, ainda aconselho que você ouça isso em qualquer momento. Sem dúvida alguma, te dará um gás daqueles!

Faixas:

A Way Out
Smash It
Side By Side
Give Me Your Money
Dancing Boots
Believe
He Loves Violence
Leave Me Alone
Dedicate To Nothing
Above You All


#7: CJ Ramone - Reconquista (2013 - Self-Released)


CJ Ramone é um absoluto guerreiro do punk rock. O cara entrou nos Ramones substituindo o mítico Dee Dee Ramone, levou cusparada na cara de fãs doentes, aturou todas as picuinhas que envolviam a banda - principalmente as briguinhas entre Joey e Johnny -, se ferrou um bocado após o fim deles, lançou álbuns, teve bandas e tudo o mais. Até que resolveu parar de nadar contra a maré e se aproveitar um pouco de seus tempos de glória e mainstream, fazendo o que sabe fazer. E que atitude correta!

No início da década, resolveu que era a hora de lançar um álbum solo, o que se tornou outra enorme decisão correta. Pegou todas as suas influências, misturou àquele som "ramônico" clássico que ele soube tão bem fazer, nos anos 90, pegou seu baixo e seus inconfundíveis vocais, que são extremamente bonitos e carismáticos. Estava aí a nova fase de CJ: "RECONQUISTA"!

Um puta álbum, um dos melhores da década, o álbum que mostra do que o cara realmente é capaz. Não que ele não tivesse mostrado isso nos tempos de Los Gusanos e Bad Chopper, mas aqui estamos vendo realmente quem é CJ Ramone e o que ele representa para a comunidade punk rock no geral. O som "ramônico" está de volta, com várias características de sua banda antiga: as partes melódicas, que lembram baladinhas, a agressividade em alguns sons, letras que não estão nem aí para assuntos atuais, política, nem nada. Falam muito de amor, problemas pessoais, diversão e até mesmo há a belíssima "Three Angels", que homenageia os então três falecidos Ramones - Joey, Johnny e Dee Dee.

O álbum ganhou bastante repercussão aqui na América do Sul - lugar onde os Ramones sempre foram mais ovacionados -, principalmente aqui no Brasil e na Argentina. Inclusive, CJ até ganhou destaque na mídia aberta por aqui, indo ao "Agora É Tarde", do Danilo Gentili. Recentemente, ele também fez uma apresentação no Estúdio Showlivre, promovendo o álbum posterior "Last Chance To Dance".

No mais, sons como "Nobody's Sweetheart", "What We Gonna Do Now", "King Cobra", "Now I Know" e "Low On Ammo" são, para mim, os carros-chefe do álbum.

Um puta álbum, sem dúvida alguma. Se não ouviu, aproveite!

Faixas:

What We Gonna Do Now?
Three Angels
You're The Only One
Nobody's Sweetheart
Shut Up
King Cobra
Now I Know
Ghost Ring
Waitin' For The Man
Goin' Home
Low on Ammo
Aloha Oe


#6: Madball - Hardcore Lives (2014 - Nuclear Blast Records)


Uma das mais clássicas bandas do New York Hardcore, o Madball, simplesmente não pára. Os caras continuam lançando uma média boa de discos e fazendo turnês o tempo todo, vindo até mesmo ao Brasil, de vez em quando. Eu ainda não tive a oportunidade de ver os caras, mas espero que ela chegue bem rapidinho!

"Hardcore Lives", um título bem sugestivo, chega às prateleiras em 2014, com a proposta que o Madball sempre teve: Hardcore new school, com muitas influências de metal, guitarra cheia de groove, vocal berrado, por parte do sr. Freddy Cricien, uma das maiores figuras do estilo. Claro que eles não perdem nunca a essência old school da coisa, mas o nível de modernidade que consta aqui é bem alto. Obviamente, isso não torna o Madball mais uma daquelas bandas extremamente chatas, cheias de breakdown e ritmo lento. Pelo contrário, aqui a rapidez impera.

Como falei anteriormente, a urgência é um dos pontos altos do álbum, o que faz com que ele não fique entediante, sendo completamente propício para aquela roda de pogo bacana. Não há muita inovação no álbum, pois eles simplesmente resolveram seguir a linha de sempre, mas mostra que eles são extremamente competentes em manter a linha. Tudo muito bom, por aqui.

O álbum também conta com participações especiais, como já é um clichê das bandas de NYHC. Aqui temos como convidados Scott (Terror), Toby (H2O) e Candance (Walls Of Jericho). Sons como "Doc Marten Stomp", "DNA", "Born Strong" e "Hardcore Lives" são extremamente pauleiras e cheias de inconsequência.

Se ainda não ouviu, aproveite!

Faixas:

Intro
Harcore Lives
The Balance
Doc Marten Stomp
Dna
True School
The Here And Now
Nothing To Me
My Armor
Beacon Of Light
Born Strong
Spirit
Mi Palabra
Nbnc
The Beast
For The Judged


#5: No Man's Land - No Back Way Home (2015 - Aggrobeat)


Uma das bandas que eu mais gostei de conhecer, nos últimos tempos, foi esta. No Man's Land é uma banda bastante desconhecida, até mesmo para os fãs do Street Punk, por ser de um canto bem distante: a Indonésia. Eu acho incrível que, num país onde as liberdades individuais são completamente restringidas, esses - e outros - caras consigam viver um estilo de vida skinhead e que consigam mandar seu som, sem maiores represálias, há mais de 20 anos.

Os caras mandam aquele som padrão: punk rock ligeiro, com passagens melódicas, solos, vocal rasgado, refrão estilo coro de torcida de futebol, formando o Oi! que todos nós amamos. Em suas letras, os caras são incisivos: nada de política. Eles preferem fazer letras politicamente incorretas, questionando a sociedade e tudo o mais, mas nada daquela coisa chata de ficar choramingando. O estilo de vida skinhead também é exaltado ao extremo. Juntando isso tudo, sai um som único, que mostra os caras para o mundo, depois de tanto tempo fazendo música boa e ajudando a erguer os pilares de uma cena, num lugar tão afastado do Ocidente.

"No Way Back Home" é o álbum mais recente dos caras, lançado ano passado, que está ganhando grande repercussão, ganhando espaço em prateleiras ocidentais e levantando mais ainda o nome dos caras, que me parecem estar curtindo demais essa onda nova. Fazem bem, que aproveitem bastante!

Aqui está um álbum em que é difícil até mesmo fazer destaques, mas mesmo assim eu posso tentar. Sons como "United Oi!", "Don't Know Why", "Malang Nominor", "BB Punk", "Taken Away", "Degeneration" e a sensacional "20 Years Of Oi!" mostram uma banda extremamente disposta a conquistar o mundo. Aliás, vale a pena conhecer o resto da discografia dos caras, também, visto que ela é bem grande.

Simplesmente ouçam!

Faixas:

United Oi!
Don’t Know Why
Malang Nominor
No Way Back Home
BB Punk
Glory Days
Taken Away
Jack Meler
Degeneration
In The Trap
20 Years Of Oi!
Our Lives


#4: Blind Pigs - Capitânia (2013 - Zona Punk)


Sou um fã antigo do Blind Pigs: conheci o som dos caras em 2001, em algum rolé da minha adolescência. Desde então, vários sons deles entraram como trilha sonora da minha vida. Os caras, sem dúvida alguma, têm uma importância enorme na minha formação musical. Até que chegou a hora, depois do álbum "Heróis Ou Rebeldes" (2006), que eles desfizeram a banda, e eu acabei esquecendo dela por um tempo. Até que um certo dia, vagando pela internet, vi a notícia de que eles estavam de volta para fazer shows e planejavam o lançamento deste, que se tornou um dos meus álbuns favoritos!

Os caras renasceram completamente e lavaram a alma neste álbum. Houve também um claro amadurecimento dos caras, tanto na parte instrumental, quanto na lírica, fazendo letras que eu tenho certeza que serão consideradas "formadoras de caráter", daqui a um tempo. Particularmente, se eu tiver filhos, com certeza colocarei esse álbum para que eles ouçam muitas vezes e aproveitem muita coisa boa do que é dito aí.

O que faz desse álbum tão especial, além de marcar o retorno dos caras, é o fato de TODAS as músicas terem o seu valor e não deixar o álbum cair no tédio em nenhum momento. Praticamente, podemos considerar todas como hinos! Os caras acertaram demais na produção, que deixou o som bem mais limpo e organizado que o normal, fazendo você entender absolutamente tudo o que está acontecendo ali. Se você tiver entendimento musical, vai conseguir identificar facilmente os acordes e as batidas.

As letras dão um show à parte: todas demonstram ter vindo de caras vividos e experientes na vida, servindo como inspiração para essa molecada que insiste em ser chata pra caramba, nos dias de hoje. Não é papo de velho - até porque, eu estou na "frô da idade", com 30 -, é só a realidade. Os caras, em pouco tempo, te fazem entender que você pode até se achar o salvador do mundo, hoje em dia, mas que uma hora você vai desistir disso e se dedicar a outras coisas. Eu acho que elas são absolutamente críticas à visão de mundo que predomina, nos dias de hoje, principalmente na cena punk.

No mais, entre as oito músicas, chamo a atenção para o hino "União", a ótima "Antro de Trastes", que me identifico demais com a letra, "Cinco Cadeados" e a balada "Adolescência Acabou", que traz uma reflexão belíssima, além de um instrumental totalmente diferente de tudo o que o Blind Pigs fez em sua carreira. Vale a pena demais!!!

Faixas:

Incorruptível
Punhos Cerrados
Sentinela Dos Mares
União
Ferro Graxa
Antro De Trastes
Cinco Cadeados
Adolescência Acabou


#3: Agnostic Front - My Life, My Way (2011 - Nuclear Blast Records)


Ok, ok, eu sei que o Agnostic Front lançou um álbum ano passado, mas o que acontece é que eu tenho escutado esse álbum MUITO MAIS que o mais recente "The American Dream Died" (2015). A grande diferença está no próprio som: este aqui está bem mais próximo do old school, que o mais recente. É claro que eu gostei demais do "The American...", mas este, além de tudo, também tem uma significativa carga emocional para mim. A turnê de "My Life My Way" acabou passando pelo Brasil, e eu estive lá, no Circo Voador - RJ.

O álbum mantém a sonoridade que o AF adquiriu após o álbum "Dead Yuppies" (2001), uma coisa mais moderna, bastante influenciada pelo new school, mas sem perder a essência, obviamente. Os caras continuaram com as batidas hardcore clássicas, no melhor estilo "tupá-tupá", mas também colocaram solos mais complexos e estruturas de guitarra que remetem ao HC moderno e até mesmo ao crossover thrash. Até mesmo alguns pedais duplos conseguimos ouvir por aqui.

Temos, por aqui, uma banda inspiradíssima, parecendo que acabaram de surgir do underground e que ainda estão tentando ganhar seu espaço na cena, mesmo depois de mais de 30 anos de estrada. Roger Miret e Vinnie Stigma parecem estar mais entrosados que nunca, nessa parceria que está presente desde os primórdios. Roger continua com seus vocais inconfundíveis, dando a vida no microfone, enquanto interpreta com absoluta perfeição as músicas. Stigma continua sendo um monstro da guitarra, no meio hardcore, sendo absolutamente carismático e cheio de atitude. O resto da banda, Pokey Mo (baixo), Joseph James (guitarra) e Mike Gallo (bateria), também mostram a que vieram, fazendo suas partes com extrema perfeição. A produção também manda abraços, por aqui, feita por nada mais, nada menos que o vocalista do Madball, Freddy Cricien - irmão de Roger -, que acertou a mão ao extremo.

A parte mais difícil é destacar alguma coisa, por aqui. Sons como "City Streets", "Us Against The World", "Until The Day I Die", "Self Pride", "That's Life", "My Life My Way" e "A Mi Manera" simplesmente DETONAM, fazendo do álbum um dos mais perfeitos lançados pela banda. Absolutamente incrível e cheio de atitude, como não poderia deixar de ser.

Faixas:

City Streets
More Than A Memory
Us Against The World
My Life My Way
That's Life
Self Pride
Until The Day I Die
Now And Forever
The Sacrifice
A Mi Manera
Your Worst Enemy
Empty Dreams
Time Has Come


#2: 7 Seconds - Leave A Light On (2014 - Rise Records)


Uma das mais clássicas bandas da história do hardcore melódico, sem dúvida alguma é o 7 Seconds, que já lançou álbuns matadores, como "The Crew" (1983) e "Walk Together, Rock Together" (1984), até serem quase que completamente esquecidos, após investirem numa roupagem mais pop para o seu som, como nos álbuns "New Wind" (1986) e "Soulforce Revolution" (1989). O tempo foi passando, eles tomaram vergonha na cara, voltaram a investir no hardcore, de fato, e lançaram o matador "Take It Back, Take It On, Take It Over" (2005), até sumirem de novo e lançarem, ano retrasado, o ótimo "Leave A Light On", que entrou para o meu top 3 de melhores álbuns da carreira dos caras, junto com os dois primeiros.

O álbum é simplesmente esmagador, faz a ponte perfeita entre o punk rock padrão e o hardcore, com uma linha bastante melódica, típica das bandas straight edge. As influências de bandas como Bad Brains e Minor Threat são completamente presentes e eles até citam o "PMA" (Positive Mental Atittude). Claro que há uma pegada pop, também, que marcou a carreira da banda, nos anos 80, mas não é nada que prejudique a sonoridade. Na verdade, creio que essa pegada cai até bem, em alguns sons.

Kevin Seconds canta como se não houvesse amanhã, de forma totalmente melódica, dando o contraste necessário nas músicas mais rápidas, para que o ouvinte não se engane: temos uma banda de hardcore tocando aqui, mas não é nada doentio. Há de tudo: o padrão "tupá-tupá", músicas um pouquinho mais lentas, algumas com pegadas "ramônicas", algumas com pegada mais anos 80, algumas influenciadas até mesmo pelo new school de bandas como H2O, por exemplo.

Como os caras fizeram questão de escrever, "30 Years And Still Going Wrong". E eu espero que continuem assim. Espero que músicas como "Upgrade Everything", "I Have Faith In You", "Slogan On A Shirt", "Your Hate Mentality" e "Leave A Light On" façam esse serviço!

Faixas:

Exceptional
Upgrade Everything
Slogan On A Shirt
I Have Faith In You
30 Years (And Still Going Wrong)
Leave A Light On
Empty Spots
Your Hate Mentality
My Aim Is You
Rage Quit
Heads Are Bound To Roll
Standing By Yourself
Someday, Some Way
Simple Or Absolute


#1: Evil Conduct - Today's Rebellion (2014 - Randale Records)


E, finalmente, agradecendo a leitura, fecho essa lista com o álbum que fez com que eu me apaixonasse completamente pelo Evil Conduct. Não me levem a mal, eu conheço os caras há um bom tempo, já, desde o álbum "King Of Kings" (2007), mas eles eram "apenas uma banda legal" para mim, até lançarem o clipe de "That Old Tattoo" (2014) e me deixarem ABSOLUTAMENTE MALUCO E APAIXONADO pelo som deles. Inclusive, foi aí que eu aprendi a apreciar de forma correta as outras músicas.

O Evil Conduct, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, é uma banda bem antiga, lá dos anos 80, mas que só deu as caras na cena com o álbum "Sorry... No!" (2000). Liderada por Han (guitarra) e Ray (bateria), ainda contamos com Joost, no baixo. Infelizmente, por algumas brigas, os caras terminaram a banda no fim do ano passado, pouco tempo depois de terem passado pelo Brasil, em turnê com o Blind Pigs, deixando muitos skinheads e oi!sters da nova geração órfãos. Na minha opinião, o EC é a banda mais carismática no meio do oi!, atualmente.

"Today's Rebellion" foi lançado pouco tempo depois do clipe de "That Old Tattoo", e depois da ansiedade monstra dos fãs, e mostra o mesmo Evil Conduct dos outros lançamentos, fazendo seu Oi! tradicional, melódico e com suas letras inconfundíveis: orgulho skinhead, amor pelo Oi! e amor pelas biritas. Há até uma faixa-tributo ao Oi! Oi! The Shop, a loja mais famosa sobre Oi!, no mundo inteiro, praticamente o oásis dos skinheads. Os solinhos, em meio às partes melódicas estão lá, mas o peso e a diversão também estão completamente presentes. Aqui está um autêntico álbum para você ouvir tomando uma cerveja e levantar a caneca a cada refrão, pois todos eles, não importa o que digam, são propícios a isso.

Infelizmente, como já disse anteriormente, eles puseram um fim à banda, no fim do ano passado, mas deixaram um baita de um legado bacana, e "Today's Rebellion" - com sons como "This Flame", "CCTV", "Oi! Oi! The Shop", "Something About You" e a minha favorita (além de "That Old Tattoo, obviamente) "Never Again", que fala de uma bela ressaca - com certeza fechou muitíssimo bem essa carreira incrível dos caras. Espero que eles voltem, um dia!

Faixas:

This Flame
That Old Tattoo
Today's Rebellion
Oi! Oi! The Shop
CCTV
Bent Coppers
Gone By Tomorrow
Something About You
Never Again
The Best Years Of Your Life


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