segunda-feira, 21 de março de 2016

4 álbuns clássicos para pogar (e muito) #1


Há muitos anos, digo que qualquer show se resume única e exclusivamente ao pogo. Normalmente, nós que somos fãs de punk, rejeitamos qualquer técnica apurada e estamos cagando se as músicas estão perfeitamente executadas, ou não. O que nós queremos é destruição e bagunça, uma coisa quase anárquica em um show, queremos soltar os demônios e quebrar a porra toda. Tudo isso, caro amiguinho, se faz pelo meio do POGO.

Se você não sabe o que é e não quer se sentir no lugar errado, pesquise. Há muita coisa sobre a nossa amada dança por aí.

Se preparem, amiguinhos, pois aqui vão quatro álbuns absolutamente destruidores e clássicos para o seu pogo:

#1: Minor Threat - Minor Threat LP (1984 - Dischord)


Desde a clássica capa do cara careca, com suas botas desgastadas, olhando para baixo, que é altamente difundida e virou tudo quanto é coisa possível - desde tatuagens, até camisetas -, estamos perante um álbum absolutamente DESTRUIDOR.

Nada mais é que a reunião dos EPs do Minor Threat, um auto-intitulado (da faixa 1 à 8) e o clássico "In My Eyes" (da faixa 9 à 12), recheados de clássicos e "tupá-tupá" extremo. Não, você não precisa ser straight edge para curtir isso aqui - aliás, creio que a maioria dos fãs do MT não o são - e não precisa se sentir ofendidinho quando o Ian MacKaye xingar quem bebe, quem fuma e quem trepa. Não seja tão sensível, afinal de contas, lembre-se que o nosso único objetivo é pogar e sair com algumas marcas roxas.

Não há como citar NADA aqui, pois você está diante de 14 dos vários clássicos lançados pelos caras, mesmo com uma discografia tão curta, mas tenha certeza: tudo é perfeito para você se acabar.

Faixas:

Filler
I Don't Wanna Hear It
Seeing Red
Straight Edge
Small Man, Big Mouth
Screaming At A Wall
Bottled Violence
Minor Threat
In My Eyes
Out Of Step (With The World)
Guilty Of Being White
Steppin' Stone


#2: Bad Religion - How Could Hell Be Any Worse? (1982 - Epitaph Records)


Quem anda seguindo o blog nos últimos dias, sabe que eu já falei do Bad Religion, fazendo um belo review sobre eles no Lollapalooza. Mas, MUITO ANTES dos caras pensarem em fazer sucesso e serem reconhecidos na cena punk mundial, eles lançaram este álbum, que abriu as portas para algo muito maior na carreira.

Aqui temos a sonoridade padrão do Bad Religion, as batidas rápidas, as músicas curtas, as letras inteligentes - se bem que não estamos pensando em letras, no momento - e tudo o mais, com uma diferença: esqueça as belíssimas produções que os caras tiveram depois do "Suffer" (1988), porque aqui o negócio é sujo, mal gravado e cheio de chiados. Ou seja: ABSOLUTAMENTE PERFEITO para uma noite de pogo insano.

Sons como "We're Only Gonna Die" (aliás, clique AQUI e veja um vídeo formador de caráter), "Fuck Armageddon... This Is Hell", "Voice Of God Is Government"e vários outros vão te dar a dose necessária de anarquia e vontade de quebrar tudo. Absolutamente necessário.

Faixas:

We're Only Gonna Die
Latch Key Kids
Part III
Faith In God
Fuck Armageddon...This Is Hell
Pity
In The Night
Damned To Be Free
White Trash (2nd Generation)
American Dream
Eat Your Dog
Voice Of God Is Government
Oligarchy
Doin' Time

Ouça o álbum no Spotify (infelizmente, só consegui a versão remasterizada, mas dá para sentir a raiva do mesmo jeito)

#3: Circle Jerks - Group Sex (1980 - Frontier Records)


O ápice do seu rolé destruidor PRECISA ser com este álbum. São 15 minutos de destruição, palavrões, agressividade e gritaria, com direito a letras politicamente incorretas, que deixarão o clima mais tenso e mais agradável para a nossa arte preferida.

"Group Sex" é um dos álbuns mais politicamente incorretos da história do punk rock, e se fôssemos censurar todos os palavrões e termos ofensivos, os gritos de Keith Morris seriam quase todos ofuscados, ou teríamos um álbum apenas instrumental. Aliás, é muito difícil alguma música passar de 1 minuto e meio - só as faixas "Back Against The Wall" e "Live Fast, Die Young" conseguem -, e as coisas são tão rápidas e tão insanas, que até as releituras de "Wasted" e "I Don't Care" - ambas da época de Morris no Black Flag - são absolutamente mais destruidoras que as originais. Inclusive, este álbum tem as minhas músicas favoritas dos caras, que são "Operation", "World Up My Ass", "Red Tape" e "Deny Everything", que são os destaques que deixo para vocês.

Destrua, apenas DESTRUA.

Faixas:

Deny Everything
I Just Want Some Skank
Beverly Hills
Operation
Back Against The Wall
Wasted
Behind The Door
World Up My Ass
Paid Vacation
Don't Care
Live Fast Die Young
What's Your Problem
Group Sex
Red Tape


#4: Discharge - Hear Nothing See Nothing Say Nothing (1982 - Clay Records)


Está cansado? Então SUMA DAQUI, porque o inferno ainda não acabou! Se não aguenta, bebe leite!

Seu rolé PRECISA terminar BRUTAL, quase extremo, e aqui tenho um dos álbuns que mais representarão esta brutalidade infernal.

Vindo de uma das bandas mais clássicas e representativas da história do hardcore punk, o Discharge abriu as portas para o lado mais extremo do estilo, influenciando bandas de punk, HC, crust e até mesmo black e death metal. Desde os vocais agressivos, até a bateria insana, que ficou conhecida como D-beat, o CAOS reina, fazendo até mesmo que você quebre um nariz, ou algo do tipo.

As coisas são tão intensas, por aqui, que até mesmo enquanto estou sentado aqui, escrevendo este texto para vocês, meu coração está acelerado e o ar está faltando, e podem acreditar: não é por causa dos cigarros. 

Músicas como "Hear Nothing See Nothing Say Nothing" - que bateria é aquela? -, "I Won't Subscribe", "A Hell On Earth", "The Possibility Of Life's Destruction", "The Blood Runs Red" e a indubitavelmente clássica "Free Speech For The Dumb" te farão enlouquecer.

Hear Nothing See Nothing Say Nothing
The Nightmare Continues
The Final Blood Bath
Protest And Survive
I Won't Subscribe
Drunk With Power
Meanwhile
A Hell On Earth
Cries Of Help
The Possibility Of Life's Destruction
Q: And Children? A: And Children
The Blood Runs Red
Free Speech For The Dumb
The End


Diga nos comentários o que achou, depois de ouvir essa sequência! Deu para quebrar um osso?

Até a próxima.
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